quarta-feira, 17 de outubro de 2007

E Nem Foi Ainda Disparada

Do que não fora com intentos ou exposições,
Torna com palavras que refletem interpretação além da demasiada.
A superficial.
Impulsos é que não interpretaria
Já não procura os significados que fazia brotar da utopia.
Mesmo que se pare diante do mundo e se opte por contemplá-lo
De covardia não se acusaria.
Esta é a que se oprime por temor quando deseja sê-lo.
Difere-se da que se imuniza
Impermeabiliza-se dos fluidos de sentidos circundantes,
Anestesia-se e poupa-se do mecanicismo das tentativas.
Talvez continue ainda por hora a dormir,
Mas é que se apetece dos sonhos surrealistas que se abstraem até de si mesma.
Seja desejo efêmero,
E o é
Por hora deixaria de sentir coisa que fosse.
As memórias que expeliria,
Corrijo,
São minhas.
E o faria tão só pelo anseio de ter em vácuo a mente...
Interessa-se sim por saber
Do mais que muito se interessou
E tanto além do que lhe serviu
Mas não se mais limita pelo conhecimento
Seja por verdades ou mentiras.
Foge da uniformidade e reafirma a derrubada dos velhos conceitos.
Não há querência de poder nem prazer na autoridade forjada.
Indiferencia-se até pela contrariedade
Delibera-se dos fascínios mitológicos da infância.
Amadurece sim em gradativo aprendizado e já se chega a reconhecer
Por detrás do espelho.
Vê por si mesma que asas de cera eram só as provenientes da ilusão
E mesmo elas podem voar, desde que se não aproximem do Sol...
Só que já não me contentam as limitações
Como Ícaro talvez me também esquecesse de proteger
Muito bem levada pelo êxtase de voar
e a ironia não foi a intenção cá aparentada
Disse d`algo além do que te pareceu...
Maior que a própria força
Sabe que há Quem a leve pelo vento
Carregada nos braços e sem olhar para o chão.
A força de que falas é que não tenho discernido por entre a carcaça “protetora” que te reveste.
Singularidade da que se não apercebe presa pela obsessão da liberdade que tanto busca.
Hipócrita o dito do bem pelo mal
Não me pouparias da inconsciência julgando-te a coordenação equilibrada que mantém esmagado pela força dos músculos humanos teu próprio conceito de controle.
Mantém teus olhos abertos,
Mas não julga todos os outros cegos nem quando finges que não há nada.
Não buscará sentido em recriminações tantas e desmotivadas.
Não se deu com prazer de discutir e visivelmente abandona a prolixidade fútil.
Vê com gratuidade
Não se arrepende
Não se preocupa
Da sorte usufrui e até do azar disponibilizar-se-ia a encarar.
Troca palavras mais se preciso, torne ou não o prazer de extraí-las.
Paga pra ver, o que houver pra ser...
1ª, 2ª e 3ª pessoas aqui se variam ou indistinguem-se.
Não velará por torná-las aptas à viabilidade do entendimento.
Crê nele e na fácil distinção de emissor e receptor sem tal cuidado.
Efeito colateral da Hiperestesia.



Tati

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